Adaptação: Valdemar A. de Miranda
Este livro é cheio
de parábolas da antiga Babilônia e é um clássico de finança pessoal. É bastante
acessível e com bastante inspiração, com boas dicas sobre nosso relacionamento
com dinheiro.
Para transmitir as
idéias, o autor George Clason nos transporta para a antiga Babilônia, onde
viviam os mais ricos homens dos tempos antigos. Eles entendiam o valor do
dinheiro, com excelentes práticas de economia e investimento.
A primeira ideia que chama a atenção é como a Babilônia era uma região que não tinha riquezas
naturais. Todas as riquezas da cidade foram criadas pelo homem. Suas riquezas
vieram da capacidade de seu povo em articular, promover valor, em sua pro -
atividade.
Aqui vão as ideias
principais do livro:
1.
De cada dez moedas
que ganhar, gaste apenas nove.
2.
Faça o orçamento
de seus gastos para dar conta de suas necessidades, de alguns prazeres e mesmo
assim poupar 10%.
3.
Faça o dinheiro
multiplicar: aplique em atividades que tragam lucro ou rendimentos.
4.
Guarde o dinheiro
em lugar seguro, onde haja liquidez e que tenha lucro.
5.
Seja dono de sua
própria casa.
6.
Cuide de sua
velhice e de sua família fazendo planos de proteção financeira para o futuro.
Faça aquilo que ama e torne-se excepcionalmente bom.
7.
Aumente sua
capacidade de ganhar: cultive seus poderes, estude, torne-se mais experiente e
sábio.
Uma coisa que eu
gosto muito é como o livro lembra que as pessoas que ganham, digamos, dez mil
por mês possuem “despesas necessárias” que representam a mesma porcentagem de
quem ganha mil por mês. Em outras palavras, quando ganhamos mais, gastamos
mais: compramos um carro melhor, um apartamento novo, mudamos do Chandon pro
Veuve Cliquot e assim vai. Isso não é necessidade! É desejo, e pode ser
controlado. Aliás, deve ser controlado para seguir a regra de gastar menos do
que ganha.
Além dessas
idéias, o livro recomenda não investir em áreas que não entendemos ou que não
são aconselhadas por gente de nossa confiança. Em diferentes passagens, idéias
conhecidas em outros autores costumam ser apresentadas, como “onde há a
vontade, existe um meio para alcançar”, como no conto do vendedor de camelos.
Isso é o que costuma dizer Anthony Robbins: a pergunta mais importante a ser
respondida é o “porque”.
Este é o livro que deixou popular o conceito de
“primeiro pague a si próprio”: economizar e investir. Isso pode ser difícil quando o normal para a maior parte das pessoas é
gastar mais do que se ganha. É necessário ter disciplina e um bom senso de
realidade. Eu, por exemplo, sei que estou AFASTANDO muitos leitores ao defender
a idéia do enriquecimento devagar e sólido… pois o que as pessoas querem em
geral é uma maneira fácil de ganhar dinheiro rápido.
A idéia de deixar
o dinheiro investido numa área onde não se retira é chave: o tempo e os juros
compostos vão fazer o seu trabalho de enriquecer. Mas é necessário a paciência
e a consistência em não retirar esse dinheiro para “emergências” como colocar
silicone no peito, trocar de carro ou fazer aquela viagem internacional.
A vantagem do caminho sólido é que ela não é uma
filosofia apenas para o dinheiro, mas para tudo o que fazemos, pois está
relacionada ao conceito de Maestria. Toda a ideia de ser independente (financeiramente e em diversos outros
aspectos) traz maior confiança e paz de espírito, que são chaves essenciais
para construir e alcançar outros objetivos de forma equilibrada.
De todos os mais de 20 livros que li sobre finanças pessoais, este é o melhor por apresentar duas coisas que os demais não abordaram de forma tão clara e simples:
ResponderExcluir1ª) Este é o livro que deixou popular o conceito de “primeiro pague a si próprio”: economizar e investir.
2ª) A vantagem do caminho sólido é que ela não é uma filosofia apenas para o dinheiro, mas para tudo o que fazemos, pois está relacionada ao conceito de Maestria.
Por isso, na adaptação fiz questão de destacá-los.
Vale muito a pena a leitura deste livro